O silêncio de Braide no caso Juju e Cacaia ‘é uma bênção’

O escândalo do contrato de R$ 6,9 milhões com a escola infantil, Instituto de Educação Juju e Cacaia “Tu és uma Benção”, para organização do carnaval de São Luís, não só arrancou críticas como também a língua do prefeito Eduardo Braide, que permanece em silêncio.

O caso envolvendo milhões dos cofres de São Luís arrasta-se em capítulos mirabolantes na tentativa de minimizar o desgaste da imagem do prefeito.

Acompanhe:

Capítulo I: Após repercussão da mídia, a Secretaria Municipal de Cultura informou o cancelamento do contrato com a escolinha Juju e Cacaia. Ainda segundo a Secult, a decisão se deu por orientação da Controladoria Geral do Município;

Capítulo II: Prefeito Eduardo Braide para se isenta de qualquer envolvimento exonerou de uma lapada só, dois servidores da Secult, o analista jurídico Jean Martins e a chefe de gabinete Aulinda Mesquita.

Capítulo III: Aulinda Ericeira confirmou, em entrevista ao JMTV, que o prefeito Eduardo Braide e o ex titular da pasta, Marco Duailibe, tinham conhecimento da contratação da escola.

Capítulo IV: O prefeito demitiu o secretário de Cultura, Marco Duailibe, do cargo, até então considerado intocável no primeiro escalão de Braide.

O enredo conta ainda com a contratação do Instituto “Juju e Cacaia” para planejar e executar a construção de um monumento em homenagem ao Complexo Cultural do Bumba meu Boi no Anel Viário, pelo valor de R$ 800 mil, pelo qual já recebeu R$ 159.600 mil no dia 26 de janeiro deste ano.

E mais….em janeiro deste ano, o prefeito, por meio dos decretos nº 60.137 e nº 60.138, abriu no orçamento fiscal do município, em favor da Secult, o montante de R$ 5,6 milhões, o que se aproxima do valor que ele contratou o Instituto Juju e Cacaia, por R$ 6,9 milhões. Essa coincidência levanta ainda mais questionamentos sobre a origem e o destino dos recursos públicos destinados à cultura de São Luís. Veja:

Publicação no Diário Oficial

 

O escândalo da Cidade do Carnaval não é algo plantado por opositores, mas sim uma consequência das irregularidades da própria administração de Eduardo Braide, que precisa ser investigada e responsabilizada pelos órgãos fiscalizadores.

Este pode ser o primeiro de uma série de denúncias que podem comprometer a reeleição de Braide, que ainda deve muitas explicações aos ludovicenses. O prefeito não pode se esconder atrás do seu silêncio. Ele tem que enfrentar a realidade e assumir as suas responsabilidades. Afinal, quem não deve, não teme. E quem teme, deve muito.

Não é um assunto que dá para abafar com anulação de contrato e exonerações. O gestor deve explicações, sim.

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