Os ex-prefeitos de Viana, Rilva Luis e Magrado Barros, têm sido vistos em movimentações políticas que já assinalam uma aliança política para as eleições do ano que vem.
Em conversas reservadas, ambos sabem da dificuldade de enfrentar a reeleição do atual prefeito Carrinho Cidreira, em razão das comparações que, inevitavelmente, serão feitas entre as administrações de cada um. Pesa sobre o ex-prefeito Rilva uma lista enorme de condenações, por contas julgadas irregulares, quando o filho da professora Lucimar foi prefeito de Viana. A maioria delas está relacionada à Educação, um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de um município.
Rilva Gonçalves foi condenado por problemas com a prestação de contas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), em 2011, por não prestar contas de recursos repassados pelo Governo Federal à Prefeitura sob seu comando e ainda por se omitir da prestação de contas das verbas recebidas de três programas educacionais: Brasil Alfabetizado, Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (2009) e Programa Dinheiro Direto na Escola (2011 e 2012), condenação feita pela Justiça Federal. Nas duas gestões (2005-2008 e 2009-2012), o ex-prefeito recebeu condenações em razão da não comprovação da aplicação dos recursos transferidos para melhorar a educação municipal de Viana.
Além da Educação, outros setores da administração municipal foram lesados pela gestão do aliado de Magrado Barros, Em 2018, Rilva foi condenado por desvio de recursos repassados pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em um convênio que seria destinado a 95 módulos sanitários domiciliares, cuja execução foi parcial, sem aplicação da contrapartida. O mesmo ocorreu com outro contrato com o Ministério das Cidades, para construção habitacional e serviços de infraestrutura urbana. Todos os processos são públicos e qualquer cidadão poderá consultá-los atestando a veracidade das informações.
Ao caminhar ao lado do ex-prefeito Magrado Barros para as eleições de 2023, Rilva Gonçalves vai levar junto direitos políticos suspensos, multas e condenações pela justiça. Ambos apostam que suas gestões já caíram no esquecimento do eleitorado vianense. Mas a julgar pelos últimos pleitos municipais, na memória da população da “cidade dos lagos” não tem perdão.
