Haddad reafirma resiliência da economia brasileira e prevê crescimento de 2,5% em 2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (11) que o Brasil possui um sólido “colchão de proteção” para enfrentar eventuais turbulências provocadas por tensões comerciais globais, incluindo as medidas tarifárias adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista à BandNews TV, Haddad citou as reservas cambiais superiores a US$ 300 bilhões, o saldo comercial robusto — entre US$ 75 e 95 bilhões — e uma super safra como principais pilares da estabilidade econômica brasileira.

“Estamos em uma situação em que a gente não deve nada para ninguém”, destacou o ministro. Ele lembrou que, desde o início do governo Lula, o país vem ampliando seu comércio com o mundo, o que contribui para uma posição de maior independência frente a choques externos.

Haddad comparou o atual momento às dificuldades enfrentadas durante a crise de 2008, reforçando que o Brasil, agora, está ainda mais preparado para reagir. “Desde que pagou sua dívida externa, acumulou saldo comercial e mantém reservas cambiais, o Brasil tem um colchão de proteção para se defender de turbulências externas.”

Apesar da cautela com os desdobramentos do tarifaço promovido por Trump, o ministro acredita que o movimento pode beneficiar o Brasil, tanto no aumento das exportações quanto na aceleração do acordo entre Mercosul e União Europeia. “Nós exportamos mais para os Estados Unidos, para a União Europeia e para a China. Temos um acordo de livre comércio firmado com a União Europeia que, na minha opinião, vai ser acelerado.”

Haddad também ponderou que o cenário internacional adverso pode ter algum impacto sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ainda assim, projeta crescimento de 2,5% para este ano e acredita que a inflação deverá retornar a patamares mais estáveis ao longo dos próximos meses.

“O Brasil pode enfrentar uma situação qualquer externa e tem condições de superá-la. Mas é claro que se o mundo estiver ruim, isso é ruim para todo mundo”, concluiu o ministro.

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