O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, foi intimado pela Polícia Federal (PF) para prestar depoimento nesta quinta-feira, 17 de abril. A oitiva faz parte do inquérito que investiga a existência de uma estrutura paralela de espionagem ilegal dentro da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro, conhecida como “Abin paralela”.
A investigação apura se houve obstrução às apurações internas da agência. Um agente da Abin relatou à PF que Corrêa teria adotado um “tom agressivo” em uma reunião e defendido uma “intervenção” na corregedoria da agência, responsável por investigar o caso.
A Abin não se manifestou oficialmente sobre a intimação ou as alegações feitas pelo servidor. O depoimento de Corrêa ocorre em meio a um contexto de desdobramentos da investigação, que já ouviu outras autoridades, como o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
A PF pretende concluir o inquérito ainda neste mês.
