Os recentes acontecimentos na Câmara de Vereadores de São Luís têm gerado muitas especulações sobre o possível desfecho do caso envolvendo o vereador Domingos Paz, que enfrenta graves acusações de ameaças e assédio sexual. O papel do presidente da Casa, o vereador Paulo Victor, é crucial para o andamento do processo, mas ele tem adotado uma postura leniente e evasiva.
Em seu discurso no plenário, Paulo Victor confirmou que Domingos teria ameaçado de morte os vereadores, além de cogitar tirar a própria vida. A denúncia partiu da procuradora-geral da Câmara, Jéssica Thereza Araújo, que registrou um boletim de ocorrência contra o parlamentar na delegacia do Centro.
Apesar de ter determinado a instalação de detectores de metal no plenário, para evitar o acesso de pessoas armadas, a ação do presidente é vista como insuficiente e ineficaz diante da gravidade da situação. Paulo Victor terá que depor na delegacia na segunda-feira (6) e confirmar o que disse em seu discurso. Caso contrário, sua credibilidade ficará ainda mais abalada, já que vem sofrendo desgaste político desde que fracassou em sua candidatura a prefeito.
O presidente da Comissão de Ética da Câmara, vereador Nato Jr, está aguardando o resultado do inquérito policial para encaminhar o relatório da Comissão de Ética, que poderá decidir sobre a cassação do mandato de Domingos Paz, caso se comprovem as ameaças. Os depoimentos dos vereadores Beto Castro, Álvaro Pires e Octávio Soeiro também estão marcados para segunda.
A sociedade maranhense espera que a Câmara, e seu presidente, não se omitam diante dessa situação alarmante e adotem medidas éticas e legais. Além das ameaças, Domingos Paz também é acusado por três mulheres de assédio sexual e estupro de vulneráveis. Embora um dos inquéritos tenha sido trancado pela Justiça, isso não significa que o vereador esteja inocentado.